Pular para o conteúdo

Homenagem aos grandes músicos da MPB que nos deixaram em 2025

Gemini Generated Image z5bn35z5bn35z5bn

Esse ano foi marcado por momentos memoráveis e momentos de despedidas dolorosas na Música Popular Brasileira. Perdemos ícones, alguns mais conhecidos do grande público, outros fundamentais para suas regiões, para seus movimentos culturais e para a preservação de tradições que formam a alma do Brasil.

Aqui, no Bar e Museu Clube da Esquina, onde história, memória e música se encontram diariamente, sentimos essas perdas de forma profunda. Nosso propósito sempre foi celebrar a verdadeira MPB, suas raízes, suas novidades, seus poetas, seus ritmos e seus bastidores. E isso significa também honrar quem deixou contribuições imensas para que chegássemos até aqui.

A seguir, um tributo aos artistas que nos deixaram recentemente e que, de forma direta ou indireta, fazem parte da história que mantemos viva todos os dias.

Artistas da MPB que nos deixaram este ano

Lô Borges

Um dos fundadores do Clube da Esquina, autor de clássicos como O Trem Azul, Paisagem da Janela e Um Girassol da Cor do Seu Cabelo. Sua obra moldou uma geração inteira e segue ecoando como um patrimônio imortal da música brasileira.
A perda de Lô mexe particularmente com todos nós — seu espírito está em cada canto do nosso museu.

Jards Macalé

Figura irreverente, vanguardista e incontornável na MPB. Parceiro de Waly Salomão, Macalé desafiou padrões e atravessou décadas criando música livre, intensa, politicamente afiada e profundamente poética.
Sua coragem criativa e sua postura contestadora continuam inspirando artistas que passam pelos nossos palcos.

Preta Gil

Filha de Gilberto Gil, Preta foi mais do que cantora: tornou-se símbolo de resistência, expressão, alegria, diversidade e amor próprio.
Sua presença marcante representou uma MPB moderna, urbana, afetuosa. Um eco importante para o público que homenageia suas origens sem abrir mão do novo.

Arlindo Cruz

Um dos maiores sambistas do país, compositor de centenas de clássicos, reverenciado por artistas de todas as gerações.
Mesmo após anos de afastamento dos palcos por questões de saúde, seu impacto segue enorme, sua poesia simples e profunda traduz o Brasil como poucos fizeram.
Sua música também dialoga com as raízes presentes no Clube da Esquina.

Nana Caymmi

Um dos maiores nomes da MPB de todos os tempos. Dona de uma voz única, dramatúrgica, emocional, reconhecida por gravações inesquecíveis como Resposta ao Tempo e Não Peço Mais.
Nana ainda traz a força da linhagem Caymmi, fundamental para a construção da música brasileira moderna.

Ângela Ro Ro

Cantora e compositora à frente do seu tempo. Dono de uma voz rouca inconfundível e de uma personalidade forte, Ângela misturava jazz, blues, MPB e dramaticidade como ninguém.
Sua autenticidade deixou marca profunda.

Vital Farias

Compositor paraibano essencial, referência na música nordestina, defensor da cultura regional e da poesia engajada.
Vital representa um Brasil profundo, encantado e crítico — o mesmo espírito que inspirou o Clube da Esquina.

Mestre Damasceno

Guardião de tradições populares, mestre de cultura, violeiro, contador de histórias, ponto fundamental da música de raiz.
Sua partida é a perda de um elo com a ancestralidade musical brasileira.

Wilson Aragão

Compositor baiano que eternizou clássicos do cancioneiro regional — suas músicas foram gravadas por estrelas como Elba Ramalho, Dominguinhos e Alceu Valença.
Poeta do sertão, tradutor das paisagens do Nordeste.

Carlos Pitta

Gênio da música baiana, compositor de Vermelho Vermelhão, um dos hinos da Bahia e do Brasil.
Pitta deixa um legado de canções fortes, simbólicas, que ultrapassam gerações.

Por que esse tributo importa para o Bar e Museu Clube da Esquina?

Porque cada um desses artistas, à sua maneira, representa um pedaço do que chamamos de MPB — não apenas uma categoria musical, mas uma forma de viver, sentir, compor e transformar o Brasil através da arte.

O Clube da Esquina, ao longo de sua existência, sempre dialogou com essa diversidade: a MPB mineira, a nordestina, a baiana, a vanguardista, a política, a romântica, a popular e a experimental.

Homenagear esses artistas é manter viva a memória que sustenta nossa história.

Celebrar é também lembrar

O Bar e Museu Clube da Esquina é mais que um lugar para comer, beber e ouvir música, é um espaço de preservação, celebração e transmissão cultural.
Enquanto esses artistas nos deixam fisicamente, sua obra permanece viva cada vez que um músico sobe no nosso palco para cantar, cada vez que uma mesa se emociona, cada vez que alguém descobre uma música que marcou uma época.

Nossa missão é manter essa chama acesa.

Dê uma avaliação