Por: Carolina Mendes – O Tempo – Outubro de 2018
A melhor música ao vivo de BH é a do Bar do Museu Clube da Esquina
MPB mineira mais samba e rock de décadas passadas pautam a programação da casa.
O lugar presta um tributo, é claro, ao movimento musical dos anos 1960 com o qual despontaram Milton Nascimento e os irmãos Marilton, Márcio e Lô Borges. Era no mesmo bairro de Santa Tereza, onde o bar se situa, que essa turma talentosa se reunia. O palco é decorado com uma enorme reprodução da capa de um dos álbuns mais famosos de Milton, Clube da Esquina 2, e as demais paredes exibem dezenas de fotos, frases, homenagens e outras capas de disco.
No Bar do Museu Clube da Esquina você vivencia, de alguma forma, o legado cultural do Clube da Esquina. Além dos shows com os músicos da própria família do movimento e convidados muitos especiais, você pode encontrar objetos dos artistas espalhados pela Casa. A ambientação do Bar faz referência ao movimento em todos os aspectos, tanto em sua decoração, com acervos do Museu do Clube da Esquina, com imagens e objetos dos integrantes, quanto na atmosfera intimista do palco.
Marilton Borges e seu filho, Rodrigo, costumam se apresentar às sextas, por volta das 21h30, com direito a causos e mais causos da MPB mineira. Os demais dias da semana em geral são destinados a grupos de samba e rock de décadas passadas.
Cardápio
Ao abrir o cardápio, você entra em uma imersão cultural do Clube da Esquina sem volta! Para nós, a caipirinha tem o nome de “Coração Brasileiro” e, se for caipivodka, “Nada Será como Antes”! Esses drinques podem vir acompanhados de um “Amor de Índio”, se você for fã de galinhada com pequi. Ou “A La Bituca”, isto é, pastéis de angu!
Beijo Partido, por exemplo, dá nome à picanha no palito servida com mandioca cozida na manteiga de garrafa Para beber, há drinques como o clube da esquina, que leva espumante, licor de cassis e cereja, e cervejas artesanais, a exemplo da IPA da cervejaria Loba.
Santa Tereza
A esquina que dá nome ao movimento fica entre a rua Paraisópolis e Divinópolis, no bairro Santa Tereza. O local foi o principal ponto de encontro dos jovens músicos na década de 60. Sua fama de um dos mais tradicionais redutos boêmios da capital mineira tem fundamento em seus bares e casas de serestas. Além disso, Santa Tereza abriga diversos ateliês de cerâmica, artes plásticas, artesanato e grupos de teatro.
O público artístico se encontrava durante as noites no bairro para compor música, dançar e até cantar. Dessa tradição nasceram movimentos musicais e bandas, como o Clube da Esquina, o Skank e Sepultura. Popularmente apelidado de Santé – quase uma alusão à “mineiridade” e o seu cortar das palavras -, o bairro Santa Tereza respira cultura e tradição.
Endereço: Rua Paraisópolis, 738, Santa Tereza, Belo Horizonte, MG
Telefones: (31) 2512-5050 (31) 9 9688-0558